terça-feira, 2 de agosto de 2011 |
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As ventosas são ferramentas dentro da Medicina Tradicional
Chinesa que vêm sendo utilizadas a centenas de anos e tem
mostrado extrema eficiência como base de tratamento terapêutico.
Muito conhecida
também como Terapia
do Chifre, pois inicialmente eram utilizados chifres de
gado, nos quais, para se criar uma pressão negativa acendia-se fogo dentro
destes eliminando a presença de ar resultando um processo de vácuo. Assim
removendo sangue de furúnculos, pus e outras substâncias de igual natureza nos
indivíduos que precisassem deste tipo de tratamento. Alguns usavam o chifre
furando a outra extremidade, podendo assim sugar o ar trazendo o mesmo efeito
de vácuo.
A utilização das
ventosas no tratamento de doenças não é uma exclusividade da Medicina Chinesa, existem informações do seu uso desde o antigo
Egipto, ela também é mencionada nos escrito de Hipócrates e praticada pelo povo Grego no século IV a.C.,
possivelmente conhecida e utilizada por outras nações antigas.
O antigo
instrumento utilizado para fazer ventosas era a cabaça, conhecida naquela época
como “curubitula” que em latim
significa ventosa. Nas regiões primitivas do mundo, a ventosa tem registos
históricos que datam de centenas a milhares de anos. Nas suas formas mais
primitivas, era utilizada pelos índios americanos que cortavam a parte superior
do chifre dos búfalos, com cerca de 10 cm de comprimento, provocando o vácuo
por sucção oral na ponta do chifre, sendo de seguida tamponado. O uso de
ventosas no Ocidente antigo era um elemento terapêutico corriqueiro e de grande
valor panaceico. Pois por falta de outros recursos médicos, a ventosaterapia era utilizada praticamente na cura de todas as
doenças. Abordado por essas épocas como um instrumento curativo mágico, pelo
contato intimo com o interior do corpo através do sangue. Ela era respeitada
também pela sua atuação no elemento energético gerado pela respiração. Teoria
que se aproximava dos conceitos de Medicina Oriental.
Paracelso também
descreveu aplicações de ventosas no primeiro século d.c., advertindo que a
aplicação de ventosas é benéfica tanto para doenças crônicas como para as
agudas, incluindo ataques de febre, e mencionou outras advertências na
utilização das ventosas.
Na Europa, assim
como na Ásia existiam vários métodos modificados de sangria e escarificação, na
Europa a “veneseção” ou sangria das veias era uma prática popular, enquanto na
Ásia o sangramento das dilatações capilares (telangiectasias) na periferia da
pele junto com ventosas era o método mais utilizado.
O uso das
sanguessugas como terapêutica foi comum na idade média no ocidente. Em Portugal
os “barbeiro-sangradores” eram geralmente, os técnicos encarregados de aplicar
sanguessugas, por concessão de uma licença cedida pelo cirurgião-mor. Naquela
época, em Lisboa, foram publicados vários livros sobre o assunto, e os salões
de barbear eram o local de venda das sanguessugas.
O uso de
ventosas no Oriente foi desenvolvido com base na acupuntura, a aplicação de
ventosas foi originalmente, conhecida como Método Chifre. Os chifres dos
animais eram aquecidos, criando-se um vácuo quando eram colocados sobre a pele.
O propósito era tratar doenças e retirar o pus. No fim do período Neolítico, o
desenvolvimento da agropecuária facilitou o desenvolvimento do Método Chifre
(ventosa).
O que distingue
estas habilidades primitivas dos chineses, das outras áreas do mundo, é a
extensão do seu subsequente desenvolvimento, dentro da estrutura da tradicional
fisiologia e patologia. O Método Chifre foi posteriormente substituído por
outros métodos de sucção posteriormente desenvolvidos, em que se obtinha o
efeito de ventosa utilizando-se cúpulas de bambu, metal e posteriormente vidro.
A sucção é obtida atualmente, colocando-se uma substância cadente na ventosa
antes de coloca-la sobre a pele, aquecendo-a com água quente, ou com o
bombeamento do ar para fora desta uma vez posicionada na pele.
A ventosa
segundo a MTC tem a propriedade de limpar o sangue das toxinas
acumuladas no organismo produzida pelos alimentos e outras fontes poluentes. A
estagnação do sangue estagnado, escuro e sujo, nos músculos das costas ou das
articulações é considerado pelas Medicinas Orientais como um dos elementos
causadores de doenças. A ventosa é usada para o alívio de dores musculares,
melhorar o sistema circulatório e até mesmo, para redução de celulite e gordura
localizada, lombalgias, dor abdominal, hipertensão arterial e muitas outras
patologias.
As ventosas
podem ser utilizadas em associação com outras terapias reforçando a efetividade
destas. Várias ventosas podem ser utilizadas para tratar desordens sobre uma
área mais ampla, por exemplo, ao longo de um estiramento muscular ou dispostas
em fileiras horizontais e verticais sobre um órgão doente tendo-se
o cuidado de não se deixar as ventosas muito próximas umas das outras.
Pode-se utilizar
a ventosa para produzir o “efeito massagem” que consiste em mover as ventosas
sobre superfícies grandes e lisas do corpo, tais como as costas e as coxas, nestes
casos são utilizadas ventosas de boca média a grande, e em primeiro lugar
deve-se lubrificar a zona do corpo que se vai massajar. Esta massagem tem o
efeito de remover a pele ressacada pela abertura dos poros e pela transpiração.
Mecanicamente, aumenta o fluxo da linfa, reduzindo o edema, mantém a
flexibilidade dos músculos, retira as adesões e as fibroses e mobiliza o
funcionamento dos órgãos, descongestiona os bloqueios de energia, activa a
circulação e o funcionamento geral do corpo.
A aplicação de
ventosas é contra-indicada para casos de febre-alta, convulsões ou cólicas,
alergias na pele ou inflamações ulceradas, áreas onde o músculo é fino ou a
pele não é plana por causa dos ângulos e depressões ósseas, no abdómen e região
lombar em gestantes. Algumas outras considerações a ter no uso das ventosas é
que estas devem ser deixadas no local somente até haver congestão local
(geralmente 5 a 15 minutos). Se forem mantidas por muito tempo pode-se formar
uma bolha, se esta for grande deve ser furada para drenar o líquido, e
seguidamente deve ser coberta para evitar infecção.
A aplicação das
ventosas deixa frequentemente uma marca púrpura na pele aonde esta foi sugada,
isto é normal e vai desaparecer sem tratamento especial. Se a marca for muito
profunda, as ventosas não devem ser colocadas de novo nesse local enquanto
subsistir a marca.
Indicações
• Dores musculares
• Dores de cabeça
• Enxaqueca
• Cólicas menstruais
• Dores lombabares
• Dores resultantes de inflamação de nervo
ciático
• Dores articulares
• Dores generalizadas ao longo do corpo
• Questões emocionais
• Dificuldades respiratórias dentre outras
enfermidades
• Harmonização geral do corpo e da mente bem
como método preventivo de cultivo a saúde
Contra-Indicações
• Pessoas com hemorragias
• Queimaduras de qualquer natureza
• Feridas abertas ou traumas muito recentes
• Mulheres grávidas
• Pacientes renais crônicos ou pessoas que
tenham problemas muito graves de pele
Duração de um
tratamento: uma hora
Marcadores:
Medicina Chinesa
1 comentários:
Ótimos esclarecimentos sobre ventosaterapia
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